Os golfinhos utilizam a ecolocalização, ou
seja, o som, para comunicarem e se orientarem. Estes mamíferos vivem em se
isole, o que poderá ser vital. Os golfinhos estabelecem actividades
cooperativas, das quais o exemplo mais evidente é a ajuda a companheiros em
apuros.
Quando uma fêmea vai dar à luz, emite chamadas
peculiares que congregam em redor de si as fêmeas do grupo (que é
constituído por uma espécie ou por várias espécies) que parecem vigiar,
evitando possíveis ataques, por parte dos tubarões, à parturiente ou à cria.
Quando nasce o filho, a mãe ajuda-o a subir à superfície, onde toma a
primeira lufada de ar da sua vida. Se o recém nascido apresentar algum
defeito, a mãe e outras fêmeas ajudam-no a flutuar até ser capaz de se valer
a si mesmo. Este comportamento pode observar-se durante vários dias.
De forma semelhante, quando um companheiro
adulto se encontra ferido e não é capaz de se deslocar por si mesmo, é
transportado por outros dois adultos, que se colocam debaixo
das suas extremidades anteriores. Poderiam mesmo chegar a realizar uma
espécie de respiração artificial, pois os golfinhos possuem o acto reflexo
de inspirar de cada vez que o seu espiráculo emerge. Assim, se os
auxiliadores submergirem e puxarem para a superfície, alternadamente, o
animal transportado, obrigá-lo-ão a efectuar movimentos respiratórios.
Nestas circunstâncias, os adultos que estão a
ajudar não podem respirar, uma vez que o seu espiráculo permanece
continuamente submerso, pelo que de vez em quando têm de deixar o protegido
para conseguirem respirar. Do mesmo modo, os diferentes adultos do grupo
revezam-se para auxiliar o seu companheiro em apuros.
|


|