






| |
ANATOMIA
Esqueleto:
O esqueleto dos mamíferos têm
sofrido diversas modificações ao longo dos tempos. Os membros anteriores
modificaram-se e tornaram-se em barbatanas e os ossos dos membros posteriores
desapareceram por completo. Permanece ainda uma zona pélvica, como um mero
vestígio da musculatura ventral. A maior parte das costelas dos golfinhos
não estão ligadas ao externo; e as que se encontram ligadas, estão juntas,
permitindo que a caixa toráxica se esmague a altas pressões sem provocar danos.
O crânio é lançado para a frente e alinha com a coluna vertebral e a coluna
cervical, que na maior parte das espécies está fundida uma na outra. |

Órgãos reprodutores:
Nos machos, a abertura genital é
em frente do anûs. O longo pénis, que normalmente se encontra completamente
dentro do corpo, está quase sempre retraído e emerge apenas quando o golfinho
tem uma erecção. O par de testículos encontra-se escondido dentro da cavidade
abdominal, perto dos rins. Nas fêmeas, a abertura genital também se encontra na
barriga, onde se localizam os órgãos genitais e urinários. As duas glândulas
mamárias estão dos dois lados da abertura genital e os mamilos encontram-se
retraídos. Contudo estes estendem-se durante a amamentação, pois o bebé golfinho
não consegue modificar o formato da boca de forma a "sugar" o leite, tendo por
isso de formar uma passagem entre a língua e a boca, na qual recolhe o leite da
mãe. |
Rins:
Os rins são grandes e consistem em muitos lombos
interligados e "empacotados". O mesmo tipo de rins
pode ser encontrado nas focas e ursos, por isso não podemos avaliar o valor
de adaptação para a vida na água. Os rins dos golfinhos contêm também
estruturas especiais que ajudam na filtragem enquanto mergulham. |
Circulação sanguínea:
Existem diversas partes notáveis
no sistema circulatório dos golfinhos. Uma delas é a extraordinária rede de
vasos sanguíneos. Pensa-se que esta rede fabulosa tem como função proteger os
órgãos vitais dos efeitos da pressão da água e aprisionar qualquer bolha de
hidrogénio que se possa formar na ascensão do golfinho de zonas de altas
pressões. O cérebro recebe constantemente sangue, mesmo durante mergulhos
profundos. Outro aspecto notável da rede sanguínea é minimizar a perda de calor
no corpo do golfinho, pois os vasos sanguíneos são estendidos a todas as partes
do corpo e mesmo aos extremos como as barbatanas. Mas a rede sanguínea também
permite a diminuição do calor. Em vez de obrigar o sangue a atravessar perto da
espinha dorsal, o golfinho contrai determinada artéria e obriga o sangue a passar
mais perto da pele, libertando calor. |

Pele:
A pele de um golfinho é lisa e
suave. Está constantemente a ser substituída. Para além disso é extremamente
sensível ao tacto e cicatriza com muita facilidade. Virtualmente, cada golfinho
adulto carrega parte dos registos acerca de interacções com companheiros,
inimigos e o meio ambiente, codificados num conjunto de cicatrizes nas suas
peles. Isto tem sido útil aos investigadores e cientistas, para identificarem
individualmente um animal. |

Cabeça:
A face dos golfinhos pode ser
considerada deveras inexpressiva. Os olhos podem alargar-se e escurecer com a
excitação, ou estreitar abruptamente com a raiva, mas o perpétuo sorriso
característico na maior parte das espécies de golfinhos nada nos diz acerca do
estado emocional. Alguns golfinhos têm aquilo a que chamamos de "bico de ave"
... outras espécies não possuem nada na cabeça. Não existe ouvido externo,
apenas uma pequena abertura de cada lado da cabeça, que não aparenta ser usado
para audição. Em frente encontram-se os olhos, cuja função é independente um do
outro. Na maior parte das espécies, os maxilares são direitos, alongados e
estreitos. Na parte posterior do maxilar superior, situa-se uma área de tecido
gorduroso conhecida por "Melão". O cérebro fica mesmo na parte de trás do
crânio. Muitas espécies de golfinhos têm um grande número de dentes, alguns mais
de 200. Ao contrário dos outros mamíferos, os machos com dentes não possuem
dentes de leite mas desenvolvem um único conjunto de dentes que jamais será
substituído. Situado no topo da cabeça, por detrás do melão, encontra-se um
orifício de respiração. Em todas as espécies, este orifício está sempre fechado
e só pode ser aberto por acção muscular. Existem duas passagens nasais no
crânio, que se junta a um único tubo que se une ao fim da traqueia. O facto de a
traqueia e o esófago do animal estarem completamente separados, permite ao
animal alimentar-se debaixo de água sem se afogar. |

Barbatana dorsal:
Muitos golfinhos possuem uma
barbatana dorsal em que o tamanho varia de espécie para espécie. É desconhecido
o motivo que levou ao desenvolvimento desta barbatana. Pelo que conhecemos, não
existe nada análogo nos antepassados terrestres dos cetáceos. Mas como a
barbatana dorsal não possui ossos, não é surpreendente que não apareça nos
fósseis. Contudo a existência desta barbatana não é essencial à sobrevivência do
cetáceo. |
Barbatana posterior ou cauda:
São duas barbatanas posteriores
que constituem a cauda do golfinho. São achatadas e horizontais e consistem em
tendões e fibras sem ossos. A função destas barbatanas é servirem de pás para
impulsionar o movimento do golfinho. |

|